Alô, Alô Realengo, Aquele abraço. É o trecho de musica de Gilberto Gil que diz que o Rio de janeiro continua lindo. Nas décadas que sucederam a passagem do artista pelo bairro muita coisa mudou. Realengo cresceu e nas ultimas décadas vem sofrendo com as chuvas que caem no período chuvoso do ano.
Comissão do SOS REALENGO URGENTE e amigos. |
Essas chuvas trazem enormes prejuízos aos moradores e comerciantes do bairro. A situação piorava a cada ano e um grupo de pessoas do bairro resolveu criar um movimento para chamar a atenção das autoridades para o problema. Era criado em Janeiro de 2023 o SOS REALENGO URGENTE um movimento para tratar das enchentes que prejudicavam a vida de quem morava, trabalhava ou passava por Realengo em dias de chuvas. Os movimentos sociais não são uma novidade em Realengo, na década de 80 foi criado aqui o movimento Pro Escola Técnica, que culminou na instalação do Campus do Colégio Pedro II e do IFRJ, nos terrenos da antiga Fabrica de Cartuchos de Realengo e o mais recente pela criação de um Parque verde no bairro. O Blog Pro Realengo e o Jornal RealengoEmPauta foram conversar com a comissão do SOS REALENGO URGENTE, para que eles contassem a historia do movimento que está trazendo melhorias para o bairro de Realengo. E também om o Subprefeito da Grande Bangu, Sr. Robson Gomes mais conhecido como Robson do Chocolate.
Vejam os depoimentos dos membros do movimento popular.
Luiz Fortes |
JRP e BPR: O Jornal
Realengo em Pauta e o Blog Pro Realengo estão aqui com o professor Arnaldo,
morador do bairro e dono da Academia Arno, que teve a ideia de criar o SOS
REALENGO URGENTE e vamos ouvir dele após um ano de criado o grupo qual a visão
dele da situação da qual nós chegamos hoje?
Arnaldo Freitas - da Academia Arno |
ARNO DA ACADEMIA:
Prazer estar aqui, sendo entrevistado pra falar desse movimento tão importante
para o nosso bairro. Esse movimento surgiu na academia Arno, num dia de muita
chuva no ano passado e como sempre com prejuízo que eu venho vendo por ai,
pessoas perdendo seus moveis suas casas, carros, tragédia do Barata, e tudo que
vem acontecendo. Eu sentei na academia um dia e resolvi fazer um grupo de
movimento social entre as pessoas do bairro, criando assim uma comissão de
gente, especializada, gente importante, como o Luiz, como o Ronaldo, enfim todos
que fazem parte da comissão e a coisa foi crescendo e nós fizemos um grupo
chamado SOS REALENGO URGENTE (SÓ ENCHENTES) E SOS REALENGO OUTRAS DEMANDAS PRA
GENTE TRATAR NÃO SÓ DAS ENCHENTES E SEGRUANAÇA PUBLICA, mas tratar também de outros temas importantes
como transporte educação saúde, meio ambiente. E a coisa foi crescendo e nós
tivemos uma reunião com o prefeito Eduardo Paes, junto ao subprefeito Robson, o
anterior Borba os gerentes Locais Beto e agora o Rubinho.
Eu acho que a coisa está crescendo muito, e parece que as
obras sairão, hoje o impacto das chuvas não tem acometido muito o bairro e a
gente espera muito que a coisa vá melhorar e que o nosso povo realmente saia
dessa tragédia que todo o ano inicia-se o verão.
JRP/BPR: Ouvimos
também Rubens Andrade, membro da comissão e ex-vereador. Qual a sua visão a
respeito do movimento SOS Realengo.
Rubens Andrade |
Rubens Andrade
(ex-vereador): Estamos aqui hoje em frente da futura entrada do Parque
Realengo, que nós chamamos Parque de Realengo Verde, com nossos amigos da
comissão SOS Realengo, que é um movimento que surgiu aqui para formular uma
proposta que eu considero um plano diretor de drenagem para o bairro e a região
de Realengo, pois envolve rio Caldereiro, rio Caranguejo, rio Piraquara, rio
Catarino e a drenagem para o rio Marinho, para a Bacia do Acari.
E a reformulação das galerias de águas pluviais e a
construção de dois reservatórios de água para controlar o fluxo das águas
evitando as enchentes, ou chamados piscinões, então foi uma articulação da
sociedade, dos moradores, dos empresários, pessoas que amam Realengo.
E avançamos muito nestes últimos 14 meses desde a
constituição da comissão, as visitas aos rios, a reunião com o prefeito, na
conservação contratos próprios de manutenção e hoje nós viemos fazer uma visita
ao Parque de Realengo, que se integra a conquistas importantes.
Então parabéns a todos que estão envolvidos que participaram
e participam por um bairro melhor, pela qualidade de vida e pela sustentabilidade.
Jair Rodrigues |
BPR/REP: JAIR
Rodrigues, (morador da região do Campo do Periquito) Você como sindicalista
rodoviário como encara essa luta coletiva?
JAIR Rodrigues: Estamos sempre lutando pelas melhorias em
nosso bairro, nós temos ai várias demandas para serem feitas, e o Arno,
conseguiu fazer este grupo maravilhoso de luta e melhoria não só contra as
enchentes, mas também por mais segurança no bairro que a gente precisa. E tem
mais coisas pra vir ai, pois nossa luta está bem incorporada pela população não
somente de Realengo.
BPR/REP: Marcelo
Gonçalves, você como morador e empresário do bairro, nós sabemos, pois o blog
sempre acompanhou sua luta contra as enchentes no seu comercio. Como você vê
hoje o movimento atuando para diminuir esta situação?
Marcelo Gonçalves
(empresário): A gente tem avançado muito nesta luta por um Realengo melhor e
várias coisas graças a Deus, estão se confluindo, com isso inclusive a
concretização do Parque Realengo, que vai trazer muita obra de infraestrutura
pro bairro, que é necessário porque a gente tá vivendo um dos momentos de chuva
em alguns lugares situação de desespero da população é muito importante que
haja estas interferências do governo e que graças a Deus também, a pouco tempo
Eduardo Paes teve aqui no Parque Realengo, anunciando um destino de 200 milhões
de obras em infraestrutura pra Realengo e que a gente aguarda muito
ansiosamente que sejam feitas e venham a trazer paz e sossego e melhorias pro nosso bairro, porque a gente
quer um bairro pros nossos filhos pros nosso
netos poderem ter um bairro que possa dizer assim: Realengo é meu e
tenho orgulho de estar aqui e não ser só mais um bairro da cidade que tá
esquecido pelos governos e pela sociedade.
Marcelo Gonçalves |
BPR/REP: Um bairro
dormitório como era chamado?
Marcelo Gonçalves: É
bairro dormitório, Realengo é um
bairro dormitório, é isso que se falam sempre, mas Realengo é bem mais que isso
nós somos 300.000 (habitantes) quase e somos mais que muitas cidades do
interior. Tem muitas cidades do interior que tem 200.000 habitantes com
complexa infraestrutura e porque aqui não? E porque não em todos os bairros?
Eu acho que é uma história que pode ser levada pra outros
lugares com muita clareza e muita objetividade.
BPR/REP: Ronaldo
você que é parte atuante do movimento, gostaríamos que você nos dissesse o que
tá achando da situação hoje e o quanto avançamos neste período?
Ronaldo Chaves |
Ronaldo Chaves (servidor
público): Sim, nós começamos no ano
passado (2023) no, final de janeiro, através da reunião do Arnô na academia,
todos os componentes fizeram parte daquela primeira reunião e a partir da
constituição da comissão, nós conseguimos um contato com o Prefeito Eduardo
Paes, um contato direto através dos vereadores e nesta ocasião (na prefeitura)
o prefeito solicitou uma interação direta dos agentes públicos, principalmente
do presidente da Fundação Rio Aguas, que permitiu que nós interagíssemos no
sentido de conseguirmos oferecer ao estudo que o pessoal da empresa RIO ÁGUAS
já estava efetuando, incluir as nossas sugestões. A partir deste momento os agentes públicos
locais, tanto o gestor local aqui da GEL Realengo, quanto o subprefeito da grande Bangu, Robson
e o gestor hoje é o Rubinho antes era o Roberto, e todos eles começaram a
interagir mais conosco através de ações diretas diante das nossas demandas que
foram publicadas nos nosso grupos de redes sociais. Então esta interação foi
fundamental, pra passar para toda a população que pelo menos participa dos
nossos grupos. E esta comunidade está crescendo no sentido de perceber que é
possível que os gestores locais, sobretudo os que moram em Realengo, ajudem o
bairro no sentido de revitalizar de uma forma geral. Nós participamos
inicialmente com as demandas ligadas as enchentes e a segurança pública de
início como eu falei, mas a gente espera que essa nossa ação seja um ação de
revitalização de uma forma geral, que viabilize iluminação, transporte, infra
estrutura, toda a gama de necessidade que o bairro precisa.
E esperamos estarmos atuante em todos os seguimentos
necessários, pra resolver as demandas da nossa população local.
BPR/REP: Ouvimos Carlos Alberto Siqueira, morador do condomínio
Parque Real. Qual sua opinião da atuação do movimento?
- Me chamo Carlos
Alberto Siqueira, moro em Realengo a 39 anos e estou no grupo desde o dia
29 de janeiro de 2023, data da fundação do Movimento SOS REALENGO URGENTE e o
que eu tenho sentido é que a gente tem encontrado o apoio do prefeito apoio do
subprefeito Robson do Chocolate, da GEL e dos amigos aqui que estão atuando
intensamente, e já estamos conseguindo alguns resultados, espero que dentro de
um médio prazo a gente consiga muito mais no combate a essas enchentes que
tanto vem assolando ao povo de Realengo, e se Deus quiser nós conseguiremos
atingir o nosso objetivo.
BPR/REP: Marcos
Cerqueira (aposentado da Petrobrás) Você como uma pessoa atuante no bairro, lá no
Barata principalmente, foi convidado a participar da primeira reunião do SOS REALENGO URGENTE.
O que você tem a dizer desde quando você chegou ao movimento?
Marcos Cerqueira: Com
relação ao movimento eu achei que melhorou muito, deu muita visibilidade para o
bairro e aumentou a cobrança em cima dos órgãos da prefeitura, porque?
No momento que o grupo se uniu, conseguimos muitas vitórias
para o bairro com relação a parte das enchentes, eles trocaram algumas
tubulações que estavam danificadas, (pelo menos lá no Barata) iniciaram o
trabalho de desassoreamento do Canal da Serra que é um dos maiores problemas
que nós temos no Barata é o canal da Serra que quando transborda inunda a rua
Açu, rua Reis Silva, rua Silva Neto, muitas pessoas pensam que é só o rio
Piraquara, não, o Canal da Serra também! Foi sugerido várias vezes para os
órgãos municipais que o problema maior nosso, não é só o lixo da rua e sim a
areia as pedras, tudo que desce da serra do Barata, e isso assoreia os rios e
acaba transbordando os rios. Eles botam a culpa na população, concordo: Muitas
pessoas colocam o lixo na rua, sendo que o maior gargalo nosso são só detritos
que descem da Serra do Barata, assoreiam o rio e a agua transborda e inundando
todas as casas do entorno tampando bueiro e tudo, infelizmente não existe
aquela prevenção permanente de limpeza das tubulações dos bueiros e é por isso
que o povo do Barata, o povo de Realengo continua sofrendo com essas enchentes,
o problema é esse.
Existem locais, por exemplo, rua Bernardo de Vasconcelos,
tem bueiro? Não. Há quantos anos a comissão vem solicitando pra colocarem
bueiros? Aquela agua vai pra onde? Então
precisam reavaliar os técnicos os profissionais que lá trabalham e analisar
qual a causa básica dessas enchentes. Qual a causa básica? Porque está acontecendo
estas enchentes? É assim que se faz um trabalho, não é só: Ah, vamos
desobstruir aqui agora, não, tem que procurar saber o que está acontecendo isso
constantemente? É isso a resposta.
assista todos os depoimentos aqui.
BPR/REP: Heloisa Ximenes: (Corretora de imóveis moradora da
rua Gal. Sezefredo no coração de Realengo)
Você como membro feminina do movimento SOS Realengo, o que você tem notado nesse um ano, o que tem visto neste período que você mora
em Realengo, bastante tempo. O que tem visto de mudanças no atendimento as
demandas?
Heloisa Ximenes |
Heloisa Ximenes
: Grande evolução , antes
a gente não tinha com quem falar, hoje a gente tem um grupo onde alguns
representantes do Governo estão ali, a GEL Realengo, alguns vereadores da
região. Então assim a gente coloca uma demanda lá faz uma denúncia no 1746, e a
gente vê solução, vê o atendimento da demanda ser feito, então o que eu entendo
disso?
Que a união faz a força, que todos os bairros deveriam estar
se unindo pra melhoria do seu próprio bairro porque aqui a gente tá conseguindo
muito avanço, muitas coisas foram feitas neste um ano que a gente vem
trabalhando e foi implantado esse SOS REALENGO URGENTE.
E muita melhoria já se conseguiu, muita coisa já se foi
feita e eu acho que a gente só tem a ganhar com isso e cada vez mais as pessoas
tem de se unir mais em Prol do seu bairro para melhoria do bairro.
BPR/REP: Com
relação as promessa que o prefeito fez lá naquela reunião, você viu que alguma
coisa foi feita?
Heloisa Ximenes
: Sim, muita coisa né. Por exemplo já tem a publicação em Diário
oficial de algumas mudanças e melhorias que vão ser feitas aqui. E eu sempre
vejo essa gestão Eduardo Paes, melhorando o bairro, a zona oeste em si, porque
eu trabalho a muitos anos aqui na zona oeste, fazer o que ele faz, justiça seja
feita, o único momento que a ZO é olhada é quando ele está no governo quando
ele está na prefeitura do Rio é o único que realmente olha para a ZO, é o que
eu observo, porque eu passo nas ruas e vejo um comprometimento maior da Comlurb
na coleta do lixo, no tapo buraco, no asfaltamento de ruas. Eu vejo que muita
coisa tá mudando e muita coisa tá melhorando. Agora quando a população se
organiza de alguma forma por que o as coisa acontecem mais rápido porque o
movimento organizado ele tem muito peso e a gente tá vendo isso aqui no nosso
bairro, quanta coisa mudou, quanta coisa foi feita neste período de um ano com
a nossa reinvindicação então assim vamos fazer mais, cada um fazendo sua parte,
vamos ligar pro 1746, vamos denunciar as coisas que estão erradas, agora vamos
elogiar as coisas que estão boas também, pra incentivar as pessoas que fazem
cada vez fazer mais.
Eu gostaria de acrescentar com relação as enchentes né. A
gente já viu melhorias eu mesma já vi melhorias na rua porque é meu trajeto
quando eu venho normalmente dias de chuvas forte, eu ficava retida muitas horas
e eu já vejo uma melhora muito grande, hoje já não tem mais o alagamento que
estava tendo antes da limpeza dos rios e do trabalho que está sendo executado,
já houve muita melhora e a gente ainda quer que melhore muito mais porque ainda
precisa ser feito muita coisa e pra isso a gente precisa da população bem coesa
bem unida pra gente cada vez ficar mais forte e conseguir coisas melhores pro
bairro.
BPR/REP: Charles
Argibai: Morador da rua Ribeiro de
Andrade ao lado do Atacadão. O
que você tem percebido após a criação do movimento SOS REALENGO URGENTE, em
relação aos períodos anteriores, você que atuou muitas vezes perto de
empresários aqui da região, você nota que alguma coisa teve de melhor em
relação aos nosso pedidos aos governantes?
Charles Argibai |
O Blog Pro Realengo
e o Jornal Realengo Em Pauta também
ouviu moradores membros do grupo que não são da comissão, mas acompanham o
trabalho do grupo em prol de melhorias para o bairro.
BPR/REP: Sr. Gilson
(Morador do Jardim Novo) como o senhor tem visto o trabalho da comissão?
Gilson Luna |
Gilson Luna: Sou
morador de Realengo há mais de cinquenta anos e participei de uma série de
movimentos e esse movimento do SOS REALENGO URGENTE é um marco importante pra
nossa história, por quê? Nós estamos dialogando com toda a sociedade, trazendo
demandas reais, transformando uma realidade, critica em uma realidade viável
pra futuros melhores né, isso é importante à consciência, trazer a consciência
pra esse coletivo e me sinto extremamente honrado em participar de um movimento
como este, onde percebo a evolução da sociedade o diálogo com o poder público,
trazendo as demandas em tempo real para que a gente possa corrigir. Hoje o
amadurecimento nosso é um exemplo pra ser reproduzido em muitos outros
movimentos, não que a gente queira ser exemplo de nada, mas nós trouxemos esta
consciência de que somente unidos trazendo o que é real sem uma disputa que não
leva a canto nenhum, faz com que a nossa sociedade cresça realmente, a
mobilidade urbana ela é importante o tratamento de todo o nosso sistema de infraestrutura
é extremamente importante não somente aquilo que está embaixo da terra, aquilo
que está em cima da terra também, aquilo que é visível e não é visível, porque toda
essa gama de ações vai trazer pra toda a sociedade um ganho muito maior.
Realengo é hoje um modelo de organização social e eu me orgulho muito disso e
me orgulho de estar com vocês.
BPR/REP: Seu
depoimento me lembrou dum ditado. Uma
andorinha só não faz verão
Gilson: Claro que
uma andorinha só não faz verão, mas todos unidos fazem uma revolução sadia.
BPR/REP: Estamos
aqui com Andreia Aguiar, ela é uma das coordenadoras do projeto social
Caminhos do Coração que atua lá no Barata. Você como moradora de Realengo tem
participado do movimento SOS REALENGO como colaboradora como visionária, o que
você tem percebido nesse tempo de atuação do movimento popular?
Andreia Aguiar |
Andreia Aguiar: Então, popular além do grupo ainda está muito a desejar, mas o grupo é guerreiro eles
buscam a melhoria coletiva pro nosso bairro, então enquanto o morador não tiver
essa visão do coletivo vai ficar bem complicado as coisas acontecerem né. A
educação principalmente o local que tem de botar o lixo é complicado por que a
gente mora numa região de serra, e o volume de água que tem descido têm
aumentado a cada ano, nós fomos vítimas agora tem uns quinze dias de uma
enchente que o rio estourou a calçada, ele furou uma área interna de nossa
associação, então a gente pede que o morador tenha esta conscientização pra que
possa colaborar com o movimento. E parabéns a vocês, e a gente luta por um
Realengo mais acessível, vamos buscar acessibilidade para os nossos deficientes.
BPR/REP: Andreia
eu vou corrigir você. Parabéns a vocês moradores que estão participando junto
com a comissão por um Realengo melhor.
Andreia Aguiar: Isso,
mas falta muita gente ainda pra engrossar esta corrente.
Ouvindo o relato de todos, chegamos a conclusão que a
participação popular é a mola mestre do desenvolvimento para um bairro, uma
região. Varias conquistas podem ser notadas aqui, devido ao engajamento de
lideranças locais unidas ao interesse coletivo. Ainda não está bom, queremos
muito, muito mais para o nosso Realengo.
Colhemos também depoimento do Subprefeito da Grande Bangu, Robson do Chocolate, para saber pelo lado do poder público, o que de concreto a população pode esperar ..
Robson do Chocolate: É por que eu durante muitos anos eu participei de uma banda chamada Chocolate Sensual, montada em setembro de 1993 e a gente começou a rodar o Brasil todo fazendo shows, gravamos um disco em 1996 com a participação da Alcione, participação do Bebeto e rodamos o Brasil todo, e ai ficou a marca né, Robson do chocolate Sensual, Robson do Chocolate, eu tenho 49 anos eu vivi 18 anos como Robson Gomes e daí em diante foi Robson do Chocolate, tenho mais tempo com esse nome que o meu próprio.
JRP/BPR: Desde quando você assumiu a Subprefeitura da Grande Bangu?
Robson do Chocolate: Eu assumi no dia 21 de março, fez um ano agora. Quando o prefeito me chamou na prefeitura para anunciar no dia 20 de março e no dia 21 fui nomeado, mas só que no dia 20 de março ele já falou, vai trabalhar.
JRP/BPR: Quando você assumiu , quais foram os grandes desafios que você viu no cargo?
Robson do Chocolate em seu gabinete. |
JRP/BPR: Você falou que é da área, de Realengo, de Bangu de Campo
Grande?
Robson do Chocolate: Moro a 49 anos em Realengo não abro mão.
JRP/BPR: Qual a localidade?
Robson do Chocolate: Eu morava na Piraquara ali na Frei Miguel e
agpra eu moro na Nogueira de Sá.
JRP/BPR: Agora vamos entrar no assunto que nos
trouxe aqui: A subprefeitura de Bangu a qual você se encontra a frente, teve
sua criação há um ano mais ou menos.
Exatamente com o
surgimento do movimento SOS REALENGO URGENTE.
Essa cobrança
coletiva e coordenada, ajuda ou atrapalha seu serviço?
"Eu acho que, se em todos os territórios tivessem um grupo como o
SOS URGENTE, a gente estaria muito melhor"
Robson Subprefeito da Grande Bangu |
JRP/BPR: Como é que tem sido a cobrança a respeito das enchentes, desde que você assumiu, como é que tem
sido essa questão das enchentes principalmente naquele eixo nervoso que é Padre
Miguel e Realengo.
Robson do Chocolate: A cobrança é no limite máximo, no limite e
mais...e a gente entende porque como eu disse vem de mim também. Eles passam no
buraco cheio d’água e eu também passo no buraco cheio d’água, então eu mais do
que ninguém vou cobrar, e ai a gente senta com o prefeito sempre ele tá
sentando com o Wanderson (presidente da Fundação Rio águas) sempre pra tratar
deste assunto. A nossa sorte em relação a trabalho em relação a tudo é que a
gente hoje consegue enxergar uma luz no fim do túnel, coisas que quem tá a 40
anos sofrendo com isso não enxergava, então eu também tive esse privilégio de
estar entrando na subprefeitura e através dessa época, começou esse movimento
começou os movimentos juntos. Antes disso eu era assessor, na época do SOS
REALENGO ENCHENTES eu era assessor da subprefeitura que era da Zona Oeste toda
com Diogo e ai depois me tornei subprefeito e depois só acrescentou a cobrança
e a gente entendeu o que tem de ser feito mas já visando uma luz no fim do
túnel
JRP/BPR: Então quando o movimento SOS REALENGO URGENTE recebeu do prefeito a promessa que os agentes públicos ouvissem e
atendessem da melhor forma possível as reivindicações por eles apresentadas.
Como servidor público, qual a sua percepção desta determinação?
Robson do Chocolate: É o que ele determina pra todo nós. Ele sempre
bateu numa tecla que a gente cobrava muito. E a gente tá tendo oportunidade
agora de entregar, vocês estão com a caneta na mão. Vocês não cobravam? Você é
do território, é hora de você entregar. Vocês estão vendo coisas que eu não
estou vendo pra poder entregar a população, então eu vou te cobrar essa
entrega. Ai ele cobra essa entrega, já teve dias que 4,30h da manhã, 4:37h ele
tá falando alguma coisa com a gente já em relação ao território, como tá isso,
como tá aquilo? Quatro e pouco da manhã, cinco horas da manhã a hora que ele
acorda e tá cobrando a nossa entrega, isso ai ele não só do subprefeito Robson
ele cobra de todos os subprefeitos
JRP/BPR: No tocante ao
tema Enchente vocês antes de ter muito recursos, vocês tinham ações que a gente
pode chamar até de rotineiras, desde aquela época das primeiras reuniões e
contar com o grupo SOS REALENGO URGENTE , vocês começaram a fazer várias
atuações no território. De lá pra cá com essa chuvas que vem caindo, como é que
você Robson vê esse trabalho?
Robson em depoimento a mídias locais. |
gente conserta toda semana, e quando vem a chuva a rua
arrebenta, por que a gente sabe o que tem de ser feito ali. Então eu entendendo
de perto o que está acontecendo, pra mim fica mais fácil, por que eu tento
minimizar, não espero secar, acabou a chuva, eu sei onde são os ponto onde
temos problemas. Eu tenho problemas em Realengo, na Bernardo de Vasconcelos
então eu vou lá e peço a Comlurb pra ir lá limpar antes, peço a conservação pra
desobstruir antes. Eu tenho problema ali onde fica muito cheio, na frente do
Grêmio de Realengo, e agora no cartório aqueles dois ralos ali estão
obstruídos, eu passei lá ontem em frente ao dentista, eu ando com um ferrinho
dentro do carro e vou lá e limpo, o que que acontece...lá tem muita areia, e
joga areia ali pra dentro, ali no Colégio Pedro II na esquina do viaduto ali
toda vez enche mas não é por nada, porque a quantidade de folhas que tem ali,
cai e entope. Eu vou com meu ferrinho e aciono os assessores, eu já sei que ali
vai ficar cheio, mas vai ficar cheio e eu já sei o caminho, vou ali e bato o
ferro, e já peço antes. E eu já tenho os pontos de alagamento já com
fotografias, pois já fotografei todos e eu falo pros meus assessores antes,
olha nesse lugar vai encher, nesse outro vai encher. Nós temos um problema
agora que é na frente da CEF de Realengo, na Chatuba também enche, mas enfrente
a CEF, nós éramos pra fazer uma baia, acabou que fizeram alguma coisa ali deu
problema, então nós vamos acertar e colocar uma galeria, e a Chatuba e no outro
lado no Santander, são coisas que a Comlurb já está atuando, pra depois a
Conservação atuar. Se vier uma outra chuva a gente já está preparado, por ser
morador a gente já conhece melhor.
JRP/BPR: Essa atuação de vocês no decorrer deste tempo, até com
limpeza de rios, vocês perceberam uma melhora em termos de escoação da água
quando cai uma chuva mais forte?
Robson do Chocolate: Melhorou, mas ainda está aquém do que o que a
gente quer, que a gente deseja, por exemplo dependendo da quantidade de chuva,
o Rio da Castelo Branco (rio Catarino), ali ele tem uma aponte que precisa ser
trocada, por que tem um problema pois ela tem uma barreira no meio, e ai vem
galhos que ele trava e depois começa a encher e enche tudo.. o Marcelo Gissoni que é o reitor ali, de vez
enquanto ele me liga, Robson: ai eu já mando
limpar logo. E ali o rio por ser muito raso a gente não consegue fazer o
serviço do jeito que tem de ser feito, afundamento do rio, devido as casas que
foram construídas na beira do rio, nas margens ali, porque arrebenta o alicerce
e daqui a pouco você tá jogando a casa de morador dentro do rio. Então ali a
gente tem um grande problema que vai pra Comlurb, aquele rio que vai pra Vila
Vintém, não sei se vocês viram a quantidade de isopores, então a gente pediu
pra limpar, limpamos e na Bernardo, limpamos, estamos fazendo uma limpeza na
rua Helianto, estão fazendo um trabalho muito bom na Helianto, e outros lugares
mais pra poder dar uma melhorada, ainda assim por mais que nós estejamos aquém
do que Realengo merecidamente Realengo precisa, a gente tá avançando.
JRP/BPR: Uma coisa que a gente gostaria de pontuar, esse avanço
também sobre sua ótica, como a população consegue ver também que essas
inciativas ...inclusive lá perto da rua Açu, vocês estão com um trabalho de
sacaria lá, que as vezes é até a gente vê, é refazer o que já foi feito mas
funciona bastante.
Robson do Chocolate: sim, sim
JRP/BPR: Anteriormente nós tivemos uma divulgação na imprensa, não
oficial, que um valor substancial, foi destinado para essas diversas
intervenções, você tem ideia de como está esta situação, de qual seria o valor?
Robson do Chocolate: O Valor inicial, senão me engano seria de R$ 123 milhões mas ai, recentemente nós
estivemos fazendo vistorias na rua Recife, ali na rua Petrópolis, visando a
licitação dessa grana para as empresas e iniciar o serviço. E ai em parceria
com a CEF (Governo Federal) para poder ajustar algo mais. Mas já temos a
previsão inicial desse valor pra iniciar os trabalhos.
JRP/BPR: Complementando, quais seriam as principais, as obras
imediatas que vocês fariam?
Robson do Chocolate: Teve um início de uma conversa que ainda estão
em andamento em relação, vocês sabem já se falaram nas reuniões, em relação ao
reservatório no campo da Castelo Branco, tá tendo essa conversa, eu acho que
vai ser o ponto alto disso ai vai ser este reservatório o desvio de algumas
fontes pra lá. E a caixa de areia lá em cima na Serrado Barata. Esta semana
mesmo eu fui lá na rua Ocaibi, lá no início do rio como Russo e o pessoal da
associação de moradores. A quantidade de areia que desce lá da cachoeira é imensa.
Se a gente tivesse ali já a caixa
de areia, pelo menos umas duas, a caixa de areia a gente iria reduzir em muito
o problema a frente. O que aconteceu, a areia veio a passagem do rio diminuiu e
daqui a pouco se chovesse um pouquinho mais forte, iria transbordar.
Então eu acho que vai ser o ponto
forte essa caixa de areia lá em cima e esse reservatório como foi feito lá na
praça da bandeira esse reservatório que vai ser na Castelo Branco.
JRP/BPR: Você até que me ajudou (Luiz Fortes) a ter aquela conversa
com o prefeito, dando a sugestão de ser
no Campo do Marte. Então já tá definido que vai ser na Castelo?
Robson do Chocolate: Não nós estamos em conversa ainda. A ideia
inicial seria dois tanques, dois reservatórios, então vai iniciar os estudos os
projetos para saber de fato quantos serão, a ideia seria no campo do Marte,
(sugestão) e agora no campo da Castelo
JRP/BPR: A dois meses atrás eu (Luiz Fortes) estive com o Reitor lá
o Marcelo Gissoni, e ele falou que não tinha definição ainda?
Robson do Chocolate: Por isso, pois ainda estamos conversando, não
é só chegar lá e fazer um tanque. Existe uma conversa de um retorno, então está
sendo estudado tudo isso.
JRP/BPR: Houve uma reunião com representantes da Prefeitura lá no
colégio Francisco de Assis, na apresentação (Sr. Wanderson-Presidente da Rio
Águas), falaram de dois reservatórios. O principal seria esse da Castelo
Branco?
Robson do Chocolate: Por isso que está em estudo se vai ser
necessário ter dois, pode ser que tenhamos um aqui e outro do outro lado, do
lado de cá e do outro lado de Realengo, lá perto da rua Recife...mas não sei, o
mais certo é os técnicos para darem esta resposta.
JRP/BPR: E a população de Realengo, baseada na linha de trem o lado
Norte (Coletivo, Agua Branca, Av. Brasil) quando a gente começou fez um
trabalho de todo Realengo é o que se julga mais pobre é o primo pobre...que ali
não tem uma agencia bancaria, e que o progresso veio pra esse lado (sul da
linha do trem) na avenida Santa Cruz, onde tem o comércio então eles reclamam
muito
Robson do Chocolate: Eu acabei de falar... estava na sexta feira na
rua Recife, mexendo na rua Recife, a gente tá com um trabalho na Agua Branca de
Calçada Maravilha, a gente tem uma atuação muito boa, atuamos em toda aquela
área ali.
JRP/BPR: Uma grande reclamação daquele povo..
Robson do Chocolate: Olha a prefeitura não faz essa divisão;;;
JRP/BPR: Eles sempre reclamam que o manilhamento é da década de 40
e falta de bueiro.
Robson do Chocolate: O engraçado que o rio que foi canalizado o rio
Marinho do lado norte e do Sul
não...esse investimento é para os dois lados...
"Ajudem a prefeitura, não jogando lixo nas ruas".
JRP/BPR: Robson...a gente gostaria de agora deixar você a vontade
para falar pra toda a população que possa nos assistir as suas considerações
finais.
Marcelo Queiroz, Robson do Chocolate e Luiz Fortes - (foto assessoria de imprensa) |
O blog Pró-Realengo e o Jornal Realengo em Pauta, agradecem a tua atenção.