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Fernanda no Viaduto de Realengo. |
É com imensa satisfação que publicamos esta postagem, pois uma de nossas maiores bandeiras é o bom uso destes espaços. Temos consciencia que o projeto da Senhorita Fernada Mihessen, não poderá ser implantado por completo, pois algumas areas já foram utilizadas. Ela nos contou também que desde que aprontou este trabalho, vem apresentando para politicos e empresários da região que nunca deram muita importância infelizmente.
Nosso reconhecimento a este trabalho vem antes de tudo por ver uma mente jovem preocupada com melhorias em seu bairro, e por ser ela fruto da região, descendentes de familias tradicionais do bairro.
Fica aqui desde já nossos parabéns a esta e outras inciativas parecidas. E desejos de quem sabe tornando público este projeto, ele venha se tornar realidade, mesmo que parcialmente.
O Projeto
Desenvolvido durante o ano de 2008 por Fernanda Dias Mihessen, então aluna da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, como trabalho final da faculdade de Arquitetura e Urbanismo. Visando possibilitar maior conforto e bem estar à população, este trabalho propôs novos espaços para uso público, melhor circulação de vias e criação de áreas para habitação e prestação de serviços.
A partir do desenho urbano, viabilizar transformações na paisagem existente com a
adaptação dos espaços inutilizados do bairro de Realengo
O objetivo geral foi o desenvolvimento do projeto urbanístico e paisagístico para o “centro de bairro, visando a articulação sócio-espacial, cultural e ambiental dos fragmentos urbanos locais da seguinte maneira:
-Desenvolver propostas urbanísticas e paisagísticas de re-qualificação da paisagem urbana;
-Contemplar os componentes social e cultural no conjunto das intervenções;
-Contribuir para a melhor articulação da malha viária com o ramal ferroviário;
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A arquiteta no local |
-Melhorar as condições de mobilidade a partir da articulação dos transportes públicos rodoviário e ferroviário;
-Melhorar as condições de segurança nos espaços públicos através da ampliação dos serviços de iluminação pública e sinalização;
-Estimular percursos peatonais e de ciclistas;
-Aumentar a oferta dos equipamentos urbanos e culturais;
-Estimular a modernização e ampliação do comércio e serviços.
A região considerada para este estudo tem importância significativa para o bairro e compreende os seguintes sítios:
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arquivo pessoal |
1 - Antiga Fábrica de Cartuchos de Realengo
2 - Praça do Canhão/ Campo de Marte
3 - Campo de futebol
4 - Escola de Equitação do Exército
5 - Estação de trem
Analisando dados e a própria vivência como moradora, percebe-se a grande carência que a população tem por espaços voltados para atividades de lazer, atividades culturais e compras.
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Com seu projeto em mãos |
SETOR A:
Atualmente subutilizada, a área da praça do canhão serve como estacionamento e treinamento dos militares e eventualmente recebe shows públicos. No mais, é apenas circulação dos usuários da estação ferroviária e dos moradores que vão atravessar a linha do trem. Foi proposto:
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Praça Campo do Marte- em frente ao Quartel. |
-Praça de esportes - considerando a falta de espaços de lazer público e sabendo da valorização e importância do esporte para o indivíduo, propõe-se grande área voltada para este uso. Inclui quadras de poli esportivas, de voleibol, campo de futsal e área para a prática de skate com pistas e circuito de obstáculos.
-Ciclovia - visa desenvolver melhor qualidade e segurança aos diversos usuários de bicicleta que circulam pela área. Este permite a integração de toda a área foco, passando pelos diferentes setores desenvolvidos.
-Estacionamento - desenvolvido para suprir a nova demanda dos moradores e usuários da área.
SETOR B:
Campo de futebol que na maior parte do dia encontra-se desocupado, exceto nos horários de treinamento dos soldados do quartel. Assim, a proposta é desenvolver equipamentos públicos e edifícios residenciais visando estimular a ocupação deste espaço.
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Atual campo de futebol, ao lado do Viaduto. |
-Edifícios residenciais que dão continuidade ao uso do solo já consolidado no quarteirão ao lado, além de proporcionar estímulo para a ocupação ordenada da região.
-Equipamentos públicos que atendam às necessidades do bairro e a nova demanda da população gerada. São propostos: escola pública, creche, posto de saúde e um centro social, que venha a possibilitar assistência e novas oportunidades à população mais carente.
SETOR C:
Desativado desde a década de 80, este quarteirão já foi objeto de estudo para diversos projetos habitacionais, que não tem continuidade devido a problemas constitucionais. É limite entre a área militar e a residencial, tornando-se uma barreira dentro do bairro apesar de a escola de equitação encontrar-se desativada, embora o muro da mesma permaneça erguido. Com o intuito de permitir a continuidade visual e dos fluxos de carros, pedestres e ciclistas, o quarteirão foi desenvolvido de modo a prolongar os eixos das vias vizinhas à área. Facilitando o percurso e garantindo maior segurança aos seus usuários.
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Antiga Escola de Equitação - ( Esquina do Bacalhau). |
-Desenvolvimento comercial para atendimento a área residencial desenvolvida no entorno.
-Implantação de um setor residencial que busque criar uma identidade para a intervenção. São propostos edifícios de até 4 pavimentos. Desta maneira, a ocupação vertical é explorada na região sem agredir a paisagem e diferir de forma inconveniente da ocupação residencial uni familiar dos quarteirões vizinhos.
SETOR D:
Pelo uso antes destinado, os prédios da antiga fábrica de cartuchos necessitavam de estrutura reforçada e paredes bastante espessas que permitiram, apesar de abandonadas, a não degradação por completo do local. Assim, o estudo visa buscar soluções projetuais inovadoras, adequadas às características do local, de maneira a diminuir a fronteira entre as novas construções, as existentes e a paisagem.
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Atualmente o Pedro II e o Pedrinho. |
A proposta para a antiga fábrica de cartuchos consiste em um redesenho do espaço urbano, com propostas de novos usos para as edificações existentes, preservando sua arquitetura e valorizando a memória deste local para o bairro. A escolha do uso adotado em cada uma desses prédios partiu dos seguintes princípios: tipologia do edifício - considerando sua estrutura, gabarito e outras características arquitetônicas; localização - a proximidade com a rua, com o Colégio Pedro II e seguindo o próprio fluxograma da intervenção.
-Parque público com extensa área verde existente preservada, que envolva espaços voltados à cultura e lazer.
-Área comercial, desenvolvida com o intuito de atender as necessidades dos usuários do parque além de dinamizar a ocupação do quarteirão da fábrica.
SETOR E:
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Espaço onde hoje se encontra a UPA. |
Espaço descaracterizado na época do desenvolvimento do trabalho, abrigava antigas residências de funcionários da ferrovia, calçada e ponto de ônibus inadequados para uma segura circulação de pedestres, ciclistas e veículos ao longo da via, abriga atualmente a UPA de Realengo. Neste local foi desenvolvida proposta que busca a integração dos dois lados da linha férrea e dê melhor qualidade a circulação nesta área.
-Estação intermodal que permita integração de diferentes modalidades de transporte público, segurança e facilidade no deslocamento sobre a linha férrea.
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Os locais para esporte, que seriam revitalizados. |
-Quadras de esporte e mobiliário urbano em área de praça, que estimulem o uso do espaço e proporcione conforto ao usuário.
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Nós temos conhecimento que outras áreas ainda não utilizadas na antiga fabrica de cartuchos, estão destinadas a moradia, mas ainda dependem de detalhes, para formalização da transferencia.
Seria muito interessante que nestas áreas ou em outras sem uso, utilizassem parte deste projeto, pois Realengo merece, e além do mais já esta todo desenvolvido, certamente seria muito mais facil o seu uso, do que começar outro da estaca zero.
Vejam neste link o destino que foi dado a estas áreas de Realengo.
Participe deixando seu comentário abaixo, ou enviando sua opnião para o email,
pro.realengo@gmail.com , que postaremos no mural de debates.
http://pro-realengo.blogspot.com/p/debate-do-projeto-urbanistico-e.html